A aposta da psicanálise

Sigmund Freud, ao morrer em 1939, legou-nos certamente uma das mais importantes descobertas desse século: a Psicanálise.

A Psicanálise se distingue da Psicoterapia pelo seu objetivo. Na técnica psicoterápica, o objetivo predominante é a remoção dos sintomas, das vivências pertur­badoras, enquanto que na Psi­canálise privilegia-se as causas, a mudança do sentido, da posição do sujeito diante dos sintomas.

O psicanalista é aquele a quem nos dirigimos depois das perdas, dos dissabores, das ilusões perdidas. Aquele a quem queremos nos agarrar como tábua de salvação, mas é também aquele de quem queremos servir-nos para nos mantermos queixosos. A função do psicanalista é não se deixar prender a esses limites.

A busca da Psicanálise quase sempre se dá nos momentos de angústia e de dor, mas para se pedir ajuda é preciso desejo e coragem para confrontar com as questões penosas.

Quando a vida não vale mais do que o minuto que se respira, só nos resta apostar. A Psicanálise é uma aposta.